sábado, 25 de junho de 2011

E porque sim!

Não gosto do blogguer!
Limita-me a liberdade quando não me permite comentar quem eu quero, não fomenta um convívio alargado porque nunca sei quem me responde, o que por vezes me faz deixar passar coisas mais ou menos importantes além de que me obriga a puxar do inglês o que só por si não será mau!

Sou tagarela, gosto de brincar e sou apologista das pausas no trabalho para descontrair. Aqui é difícil fazer isto rapidamente, logo as pausas correm o risco de em vez  de me descontraírem, me stressarem.

Tenho a mania de nunca recusar um desafio, mas desconhecia que este espaço aqui sofre de insuficiência imunológica "está sempre com o chilique"...

E vocês com isso não é? Pois!

Bom Fim de Semana

sexta-feira, 24 de junho de 2011

37- A Espera


Continuação D'aqui

Enquanto isso, no gabinete do inspector Amadeu, o cinzeiro estava a abarrotar de beatas. O espaço não era amplo e as paredes estavam forradas com mapas, a grande Lisboa, a Invicta, o Algarve, em suma todo o território nacional com incidência nos aeroportos e fronteiras, assinalando todas as possíveis rotas de de fuga. Os telefones não tinham campainha, em vez disso estavam equipados com luzes verdes e vermelhas que piscavam à vez.
Era a operação do Inspector Amadeu e consequentemente uma espécie de espectáculo dirigido por ele. Sob condições perfeitas a operação envolveria semanas de preparação mas o Inspector Amadeu sabia que o tempo estava contra ele. Os diferentes agentes estrangeiros"palhaços", estavam constantemente em movimento, aparecendo e desaparecendo com uma frequência de fazer enlouquecer como o caso daquela tal Júlia ou Chiara que de manhã estava em Lisboa e à tarde  em Roma e, com um alto dignatário do Vaticano...Isso era algo que ainda não estava bem claro para o Inspector. Era  moeda corrente que o Vaticano....bem!!-  mas ainda assim que raio teriam eles ver com urânio, virús mortais, venda de armas, assassinatos.....já não se pode dar nada por adquirido!!-  e foi no meio destas reflexões que ele se apercebeu do piscar dos telefones.
- Sim Francisco, no Hotel Altis? -os quatro?
- Sim, chefe mas tá tudo controlado, chegaram os quatro e seguiram directo para a suite do Director onde já estava a tal da Mossad.
- Não se preocupe, está tudo a ser gravado.
-  Não facilites lembra-te que estás a seguir  Jonh Forrester, "A lenda", -que tinha pelos vistos regressado do mundo dos mortos!
A trezentos Km dali, mais precisamente numa Quinta no Pinhão, uma outra equipe posicionada no terreno fazia o relatório da situação.
- Sem desenvolvimentos Chefe, tudo calmo por aqui.
- A três quarteirões de distância, num fiat Sedam cinzento, um outro operacional com um fato  de riscas cinzentas e uma gravata cor de carvão informa o Inspector Amadeu que o russo se encontrava na suite e que pelo ressonar devia estar a tirar uma sesta.
- Não, não recebeu chamadas, nem no celular, nem pelo telefone do Hotel.
Por momentos o Inspector Amadeu pensou contactar também o seu melhor agente, especialista em vigilância de rua, uma figura pequena e delicada, com cabelo grisalho, fino e olhos inteligentes cuja missão era seguir todos os passos de um certo velhote andrajoso com um curioso sotaque francês.
- A espera. Sempre a Espera. Por vezes tinha umas saudades tremendas do trabalho de campo, ficar fechado num gabinete nunca foi o sonho da sua vida. Acendeu mais um cigarro e uma nuvem de fumo formou-se fazendo-o franzir os olhos.
Itália
A Villa Monterrosa tem uma beleza desconcertante. Uma antiga Abadia beneditina, hoje transformada em residência de Verão, ergue-se sobre uma base de granito nos Montes Lazio e olha do alto pela aldeia no sopé do vale florestado. Nessa manhã podia ver-se um homem, no alto parapeito varrido pelo vento. Não era um arco que tinha sobre o ombro, mas uma espingarda Beretta de alta precisão.
Um Mercedes blindado parou junto ao portão de ferro onde foi saudado por um par de guardas de segurança em fatos castanhos.
O homem sentado no banco traseiro baixou o vidro, usava um colarinho clerical.
 Um guarda aproximou-se, reparou nas matrículas indentificativas - SCV- Matrículas do Vaticano e respeitosamente interpelou o ocupante.- Buena Sera Eminência. Mi Scusi, Per favore adelante!
O Mercedes arrancou pelo caminho de asfalto e parou no pátio de cascalho sombreado por pinheiros mansos e eucaliptos.
Luigi Donati saiu e, logo depois de beijar levemente a mulher idosa mas imponente que o recebeu, perguntou;
-Como é que deixaste escapar o Mikael Francesca?
- Tem calma Luigi, se deixei, tinha os meus motivos....

Continua

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Erva Daninha

Erva daninha
espinho de cardo
falas de amor
de amar...
Em baladas, sonetos
em versos dispersos
Tu,
que é pura peçonha
o que te corre nas veias
Não podes ter
um coração vermelho!
Erva daninha
espinho de cardo
que chegas
com perfume de rosa
e devagarinho
de mansinho
à falsa fé
agarras,
prometes,
fazes alucinar
voar....
Por entre sonhos envenenados
e delírios dourados
Tu, qual erva daninha
vais rindo...
Não!
Nessa alma pavorosa
não pode bater
um coração
vermelho.

Bloguisódio 31 - A Armadilha

Enquanto os telefones dos vários Directores cuspiam ordens e contra ordens aos seus agentes de campo, dando-lhes conta dos novos desenvolvimentos, o nosso Inspector Amadeu dirigia-se a toda a velocidade no seu Peugeot 207 - seu mesmo! que como é do conhecimento geral, a PJ está em falência Técnica. - Será que a Troika teria solução para isto ? -  Bom e esquecendo isso, o inspector Amadeu vira-se para o seu Sub Inspector e num tom cínico diz;
- Ó Francisco pá, se não fosse pelo amor à camisola ainda metia uma cunha lá aqueles gajos de Langley.
- É mesmo chefe, aqueles lá não andam a mendigar as reformas como nós!
-Sabes que mais Francisco, esta história não me cheira nada bem...um gajo daquele calibre vir enfiar-se em Portugal...como ? porquê ? para quê?
-Boa pergunta chefe! E agora mais aquela história do vírus.., também não me agrada nada, ter esta data de tipos metidos a besta a passearem-se no nosso território!
- Tenho cá um palpite Francisco que vamos ser nós, que vamos fazer ver a esses flausinos todos.
O inspector saí da auto estrada e mete em direcção à Foz mais precisamente à rua da Senhora da Luz e pára junto a um palacete, onde irá acontecer o jantar e a vernissage dada pelo infiltrado MIKAEL.

Num outro apartamento na outra ponta da cidade, Camille na verdade Mystique, está a colocar as lentes coloridas já enfiada num vestido Dior de cor creme. Num dos seus vistosos anéis tem um minúsculo e sensível microfone direccional e junto ao sutiã, um minúsculo gravador sofisticado, o que aliás deu origem a um chorrilho de palavras feias porque, nunca na sua vida usou sutiã,  muito menos com um Dior.
Mattias por sua vez estava a ajeitar o laço do seu fato Pierre Cardin. Tinha a clock num coldre junto ao sovaco e na meia uma faca zakarov.

Na pastelaria situada na rua em frente ao palacete, Boris finge ler um jornal desportivo, tem uma chávena de chá na sua frente onde dissimuladamente despejou a sua dose de Vodka e uma fatia intacta de tarde de maça. A stechkem de 9mm  num bolso junto ao peito e a bereta com silenciador na pasta de executivo na cadeira a seu lado.
Dentro do palacete, John e Adrian, dão os retoques finais na sala de exposições. Com a ajuda de um talentoso restaurador de arte tinham conseguido um efeito surpreendente.
A par do tocador de alaúde de Caravagio, tinham um nu de Modigliani e junto ao impressionismo sombrio de Cézane sobressaiam os verdes e amarelos de Monet. Tinham também, o retrato de um Homem de Rafael, que contrastava na sua expressiva beleza  com os ângulos incomuns da Estrela de Degas. A sala, ou melhor toda a casa tinha microfones e transmissores em sítios estratégicos tal como câmaras de vigilância.
Júlia ou Chiara, essa estava a comandar o pessoal do catering contratado.
Nas imediações, estava também uma carrinha com o logótipo de uma empresa de mudanças que tinha no seu interior um verdadeiro centro tecnológico.

Perto das cinco da tarde, as limusines começaram a chegar. Tinha sido convidada a alta sociedade Portuense bem como as maiores figuras do Jet Set Nacional.
Os riscos eram grandes mas a armadilha tinha sido montada!
Alguns mirones juntaram-se na rua, outros assomavam às janelas bem ao estilo português, admirados com tanto fausto num dia de semana.
No meio deles ninguém deu por um velhote andrajoso que com um sorriso sarcástico se apoiava numa gasta bengala.

Continua....

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Bloguisódeo 30 - Portugal- Ministério da Justiça

 - 9 horas da manhã. Numa mesa oval, no gabinete do ministro da justiça, vários personagens ouvem um apoplético ministro da Defesa.
- Meus senhores, têm noção que estivemos à beira de um grave incidente diplomático? Ou por acaso pensavam que o nosso SEF anda a dormir?.
Era no mínimo curioso, ver alguns dos homens mais poderosos e influentes do mundo, com um ar de rapazinhos apanhados em falta

- Têm noção de que os vossos agentes de campo, obrigaram os nossos agentes a um trabalho insano diz o Ministro das finanças que Tutela a PJ.
Naquela reunião que se queria secreta, estavam presentes o Director da CIA, um avogado formado em Harvard em representação do FBI, o Director do M16, Yael Chefe da Mossad,  o Chefe máximo do CNI Espanhol, um antigo membro do KGB Alexandre Makarov, Chefe da STACI, o Director da EKO-Cobra, o do ISP, mais conhecido por o Grupo com sede no Ulster, Muhhabarat dos serviços de Segurança do Egipto, o Chefe responsável pelo GOE E o Director do Sef, além do nosso conhecido Inspector Amadeu, a quem foi dada a palavra.
- Como todos aqui sabem, o nosso alvo está ligado ao tráfico de armas, de diamantes, roubo de urânio, assassínio, ataques bombistas, e uma infinidade de outros crimes. Pouco se sabe acerca dele, teve treino militar ao serviço do IRA, fala diversas línguas, é capaz de se adaptar às ruelas de Varsóvia, Atenas, Beirute, Roma etc,etc,- e no caso Portugal.
- Sabemos também que é apreciador de arte, de óculos Ray-Ban, e deixa sempre a sua assinatura nas vitimas - Três balas certeiras no rosto.
_ Como todos aqui sabem também, por alguma razão somos considerados uma das melhores policias do mundo. Um dos nossos peritos em criptologia, análise e VPNs , consegui apurar que o alvo em causa, está na posse de um vírus mortal, O PN2-H, uma variante da Polio, o que torna está caça ao homem ainda mais premente.
- Em colaboração com a CIA, conseguimos montar juntamente com o agente infiltrado Adrian Carter um cenário para uma emboscada. Uma exposição de pintura de diversos mestres, Caravagio, Monet, Rafael, Modigliani, Rubens e mais uns poucos (todos falsificados evidentemente), e onde Carter se vai apresentar como MIKAEL. Temos os nossos Goies e diversos agentes a postos, e gostaríamos que caso não colaborem no minímo, não atrapalhem.

Continua......

Canção da insónia

O mundo dos sonhos contamina
O mundo das horas de insónia
É tempo de tirara a máscara
da cor da aguarela que magoa
Um destino? Quando? não sei,
Talvez o saiba no momento errado
quando falsa maquinal acordar
para essa paixão. Única!
Tento limpar a teia
que se aquietou nos meus olhos
Que queres? Que queres tu meu coração?
Não está na minha mão...
No entanto sonho.
No entanto espero.

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Retrato carnal

Mulher
de olhos de fogo
hálito de vulcão
boca fria de tesão
mamilos dourados
nos seios inchados
coxas polidas
molhadas
músculos retesados
gemidos estrangulados
cabelos em desalinho
És tu mulher,
é o teu corpo nú, penetrado, saciado,

És tu Mulher verdadeira
na tua forma carnal
que num momento fugaz
te consome e te torna inteira! 

Negrume

O Amor,
Essa palavra cantada
feita balada
fado sentido
desatino
riso cristalino
lágrima de dor.
Amor,
Sentimento poderoso
Oneroso
Caprichoso
doce
e tão nosso
tão sentido
tão presente
mesmo ausente.
Amor é,
- luz
Não tem de ser dor
nem tão só paixão
E porque me amo
A mim,
larguei -te a mão
A ti,
- Tu que não brilhas.


«Andei a limpar a gaveta e este é para ti Vintenso,  acho que vais entender»

Canção da Bandida

Eu sou bandida
Sou danada
Sou nua sou agreste
Sou uma autêntica peste.
Sou teu espinho enterrado
Tua unha encravada
Sou espinha atravessada
Tua ferida que coça
Teu dente que dói
Teu calo que mói.
Sou zumbido irritante
Tua dúvida constante
Tua sombra calada
Tua mesa virada
Não!
Não importa que queiras
Não importa que negues
Não te livras de mim...
Eu sou bandida
Nua crua agreste
O meu nome é VERDADE
E este jogo amor,
Eu já ganhei....

Anti-História


Começou como todas as histórias
Era uma vez....
Mas não acabou
Com foram felizes para
sempre!
Teve um princípe
Uma princesa
Até um beijo
Não teve foi o tocar
da meia noite.
O sapo continuou sapo
o beijo virou abóbora
a varinha de condão
não funcionou....
A princesa essa acordou
de um feitiço medonho!
Foi o beijo da verdade
que baixinho lhe soprou
Nunca houve Era uma vez....




Nunca se ama como nas histórias!


Olhar de Cristal

A noite desce sem um estremecer de folhagem,
há magia na solenidade que dilui o arvoredo,
tudo pára num recolhimento melancólico,
vagueia um suspiro que morde o coração.
Quero nascer renovada!
sentir-me iridescente e musical,
subir sobre as alturas das nuvens
e vesti-las em mim.


Oiço-te...


Oiço-te no inverno agasalhado do meu coração
príncipe da melodia.
Por quantos olhos de cristal
me reflicto em ti.
Porque me tomas tanto tempo,
possuindo todos os meus sonhos.

Vem,


embalado num sussurro dos silêncios por cumprir
vem morrer dentro de mim,
efémero sonho,
constante nos distantes céus do meu silêncio,
quero olhar-te intensamente
cantar-te canções,
filhas e só de mim.
E aí poderei dizer
que toda eu entrevi os meus sonhos.



segunda-feira, 13 de junho de 2011

Bloguisódeo 28 - Roma

Giulia, Carino Mio!
Anda, vamos caminhar, tenho algo de importante para te contar.
- Primeiro diz-me Zio ou deverei dizer Eminência! - Como está a minha Nona?
A tua Nona está bem, aliás foi por insistência dela que te convoquei aqui.
Giulia, o que te vou contar é perigoso, arriscado e trata-se ainda de informação confidencial.
Vou pôr-te ao corrente porque, corres perigo e não! - Não me interrompas querida, corres um perigo real e a tua Nona e todos nós estamos preocupados.
Já falei com o teu chefe, como sabes Yael e eu somos velhos amigos.
Bem Giulia, vou tentar ser breve.
Mikael Jonasson, foi criado como filho de um casal Sueco que o adoptou mas, na realidade Mikael é inglês e tem um irmão gémeo. Nunca o soube, na realidade nem nunca soube que foi adoptado.
Esse irmão Paddy, foi por sua vez entregue a um casal Irlandês, criado por um homem que dizem, foi um dos chefes do IRA. Paddy O'Leary é conhecido de muito poucos. Assassino cruel e astuto, procurado pelas policias de todo o mundo, consegui sempre andar um passo à frente. Quando teve de fugir da Irlanda, roubou a identidade do irmão e como Mikael Jonasson, movimentou-se à vontade por toda a Europa. Até que quase foi apanhado por um ex agente da Cia. Jonh foi posteriormente foi afastado do caso porque Paddy ou Mikael, em retaliação assassinou-lhe a irmã mais nova e o assunto passou a ser pessoal.Como tal demitiu-se e jurou apanhar "Mikael", na verdade Paddy.
Paddy, tendo feito já um estudo exaustivo da vida do irmão, foi esconder-se em casa dele e foi aí que o mundo do verdadeiro Mikael caiu.
Sequestrou-o e passou a viver a vida do irmão, tanto que em Gibraltar nem tu deste pela troca!
Enquanto ele se apropriava da vida do verdadeiro Mikael, uma tal de Camille sua alegada companheira, mantinha o teu namorado preso e incapacitado em casa.
Ao fugires de Gibraltar sem uma explicação, Paddy pensou que o tinhas descoberto e desapareceu sob uma nova identidade deixando a Camille para trás.
Tu, sem o saberes acabas-te por despoletar tudo minha querida.
Quando voltaste e contaste ao Yael as tuas suspeitas, já a tua Nona, que embora não imaginasses, nunca te perdeu de vista, tinha mexido vários cordelinhos.
O Yael e isso não lho desculpo, embora compreenda que como agente treinada da Mossard tenhas as tuas obrigações, propôs usar-te como isco e sabe que desde aí, a família Siciliana ligada à tua Nona te protege dia e noite.
A tua Nona está convencida que o Paddy anda atrás de ti Giulia!
Mas há mais minha querida, e Deus sabe que o Vaticano não precisa de mais escândalos...
O Paddy, consegui apropriar-se de vários ficheiros ligados às pesquisas do Mikael.Um deles dizia respeito a um paciente que não conseguia ultrapassar o trauma de ter sido repetidamente abusado por um padre.
Ouviste falar no suicídio do Bispo Carl Goran?
Eu fui o primeiro a ler a carta que ele deixou. Confessava esse crime hediondo e dava parte também da chantagem exercida por um cientista de nome "Mikael" que o tinha obrigado a desviar vários quadros de valor incalculável de dentro da própria Basílica.
- Meu Deus Zio!!!
- Mas como souberam tudo isso do Paddy?
Como te disse a Camille ficou para trás, não se sabe se de propósito ou não, deixou fugir o verdadeiro Mikael que contactou a policia e depois a Interpol e, com bastante esforço consegui provar a sua história.
- Zio, onde está agora o verdadeiro Mikael??
Na Vila da tua Nona....

Continua

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Bloguisódeo 24 - Leça

Ao mesmo tempo que Mattias metia Pedro no carro, numa loja do chinês em Leça, é recebido um envelope.
Jing Hu, entra num compartimento secreto da arrecadação, abre o envelope e deixa que o seu conteúdo lhe caia no colo. Vira-se para o computador e insere o disco na drive. Um rápido exame do conteúdo revelou um único ficheiro com o nome»206853.jpg». Clicou no ícone do ficheiro e visionou-o no ecrán. Uma imagem etérea a preto e branco, uma radiografia. Puxou o teclado para si e instalou um pequeno programa. Percorreu cada instrução na sua mente certificando-se que a lógica estava correcta. Cada pixel da imagem no écran ocupava um único byte no ficheiro. O seu pequeno mas potente programa extrairia os dois bites menos importantes de cada byte convertendo-os no seu equivalente ASCII, para depois apresentar as letras resultantes no écran. Rapidamente compilou e executou o programa. Uma nova janela abriu-se no monitor e apareceu a mensagem de texto.
- Mikael em Portugal- Prioridade máxima capturá-lo vivo. John.

Bem perto dali, numa rua secundária de Leça, um Ferrari estacionou na berma.
Camille, saiu e deixou-se ficar encostada com as longas pernas envoltas nuns diminutos calções. Mattias que não resistiu nunca a uma mulher bonita, era o seu calcanhar de Aquiles- quase por reflexo pára o carro e pergunta, posso ajudar?
Camille de isqueiro na mão diz num português arrastado, preciso de lume. Imediatamente Mattias saca do seu que soltou uma longa chama azul e amarela. Manteve-o acesso e deixou que a mulher se servisse dele. Ao encostar o cigarro à chama, os dedos dela acariciaram-lhe suavemente as costas da mão. Foi um gesto deliberado e intimo que lhe enviou uma descarga eléctrica pelo braço acima. O efeito foi tão poderoso que Mattias nem se apercebeu que ela tinha encostado o próprio isqueiro à cara dele. Foi então que carregou na patilha e uma nuvem de uma substância química com um cheiro doce lhe encheu os pulmões.
Camille agarra em Pedro e arrasta-o para a sua bagageira depois de enviar o Carro de Mattias numa mata ali perto. Arrancou e a cantarolar dirigiu-se para uma casa à beira da praia.

Pedro, pestanejou e lentamente começou a voltar a si. Sentiu-se como se estivesse a sair das profundezas do Douro. Foi subindo por entre camadas de consciência e bolsas de agúa e frio até a sua consciência romper a superfície. Deu por si numa cave húmida de paredes nuas e ásperas. A dor latejante na cabeça era uma sensação completamente nova, algo entre um traumatismo e uma valente ressaca. A boca parecia cheia de areia e tinha uma sede imensa. Só tinha as cuecas vestidas, os tornozelos e os pulsos estavam amarrados com fita adesiva e as costas nuas apoiadas na parede. Tinham-no deixado ficar com o relógio mas o vidro estava partido e já não dava horas. Estudou a luz que vinha da janela minúscula e calculou que devia ser altura do pôr do sol. Cheirava-lhe a maresia mas também a algo mais, perfume de mulher...
Olhou para baixo, para a pele que lhe cobria a caixa torácica e viu quatro vergões vermelhos. As cuecas tinham nódoas e sentiu uma viscosidade extrema nas virilhas.
Que lhe teriam feito?
Ouviu passos, a porta abre-se e entra uma mulher deslumbrante.
- Quem és tu pergunta ele?
- Camille meu lindo, especialmente para os amigos, responde ela com a morte no olhar.
- Que me fizeste?
- Umas coisitas só...Sempre tive vontade de violar uma bixona.
- Pedro enterrou a cara no chão e vomitou.
- Descansa Pedro, fi-lo com a glock, agora se não me disseres o que quero volto a fazê-lo, mas enfio-te a Kalashnikova pelo cú acima.
- Onde está o Mikael?

Continua........

terça-feira, 7 de junho de 2011

Bloguisódios

Escort X é mais um capítulo da saga do Gang escrito pelo meu amigo Rolando Palma do ENTRE MARES.

As minhas sinceras desculpas Rolando, porque só hoje fui ao email, e só hoje dei com o teu valioso contributo.Foi um prazer ver que o Mestre se juntou a nós.

Um muito muito obrigado a ti e a todos os que se divertem por aqui!

E a Saga continua claro!!

Bloguisódeo 22 - Escort X

Escort X. É este o nome…

O inspector Amadeu levou a mão à testa, ajeitou os óculos, passou os dedos pelo cabelo ralo; tudo sinais familiares para quem convivesse de perto com este policia da velha geração… e com um único significado – o inspector estava preocupado, seriamente preocupado.

- E você… você tem mesmo a certeza? Absoluta?
O chefe de gabinete queria ter a certeza absoluta.
- Inspector, veja… a Interpol afirma que sim, a Scottland Yard afirma que sim, até os nossos amigos espanhóis do CNI, que nunca dizem nada… até esses estão de acordo…
- Oh Francisco, desculpe lá… - e o inspector remexeu a pilha de papéis sobre a secretária, à procura de algo em especial – mas esta história está muito… mas mesmo muito estranha…
Francisco Paulino, sub-chefe da delegação da policia judiciária, acenou que sim, mas insistia:
- É verdade, inspector, é verdade… mas olhe… segundo os ingleses, este Mancini, o dono da agência… é já bem conhecido lá fora… até já chegou a ser acusado em Itália, nada que se pudesse provar, claro… e este Mathias, apesar de ser peixe miúdo, também aparece muito nos relatórios… olhe, nem sei o que lhe diga…
O inspector agarrara uma fotografia e observava-a em detalhe; uma mulher de rosto latino, extremamente bela, o cabelo apanhado para trás e um olhar incisivo, penetrante.
O sub-chefe Paulino já antevia a pergunta seguinte.
- E esta… Júlia… - sibilou o inspector – o que tem esta Júlia a ver com todo este assunto?
O sub-chefe Paulio também tinha as suas reticências naquele ponto.
- Não sabemos, inspector… Registámos este primeiro contacto com a agência de acompanhantes… pode ser mera coincidência, pode não saber de nada, estar simplesmente na hora errada e no lugar errado, ou…
- … ou ser ela o elo de ligação entre Mathias e os colegas africanos, é isso? Ela alguma vez se interessou por diamantes? Tem algum passado, temos alguma referência dela, sem ser esta ligação recente?
- Nada, inspector, absolutamente nada…

Estranho, muito estranho.
Por mais voltas que desse, tudo voltava ao ponto de partida; um puzzle, muitas peças, nenhum fio condutor. Ou melhor… um pequeno e escorregadio fio condutor, o contrabando de diamantes angolanos para a Europa, através de um estratagema tão simples… que iludira durante anos os serviços de inteligência. Agências de acompanhantes.

- Qual foi o ultimo caso reportado, Francisco?
O sub-chefe Paulino abriu um pesado dossier, folheou meia dúzia de páginas.
- Fevereiro, inspector… uma acompanhante da mesma agência… Escort X, uma mulher, acompanhou um deputado espanhol numa visita a Angola… O CNI está seguindo o caso, fomos informados nessa altura…
- Então… e esse Mathias… esta Júlia… esse tal de Pedro, que também aqui aparece no relatório… estão todos a ser seguidos?
- Permanentemente, inspector…
- Muito bem… somos nós a dar o próximo passo, é isso? Onde está esta Júlia, neste preciso momento?
O sub-chefe sorriu.
- No teatro, inspector… Júlia, Mathias, Pedro… todos no teatro…
-Foi a vez do inspector se deixar rir, bem disposto.
- Óptimo, óptimo… então, meu caro Francisco… está na altura de nós entrarmos na peça…
O sub-chefe Paulino ficou parado, à espera da ordem seguinte. E como esta não surgisse:
- O inspector quer ir ao teatro?
- Ao teatro? Não, homem, não quero ir ao teatro… pegue em alguém e faça uma visita discreta à casa dessa tal de Júlia… quero saber tudo o que ela guarda no computador, na gaveta da roupa, no frigorífico, na garagem, quero saber tudo. Tudo, ouviu?

O sub-chefe concordou com um abanar de ombros, esperando ainda algo mais.
Que não havia.

- Oh, homem… mexa-se, mexa-se… despache-se…

Continua........



segunda-feira, 6 de junho de 2011

Bloguisódeo 20 - Camille

Camille Clément, era possivelmente a mulher mais perigosa de França. Depois de se licenciar em Literatura e Filosofia na Sorbonne, juntou-se a um grupo de extrema esquerda cujos objectivos políticos eram resolvidos com assassinatos, raptos e atentados bombistas. Era uma operacional fria e implacável em campo e altamente disciplinada que hoje em dia trabalhava para quem desse mais.
O stress operacional, aumentava-lhe o desejo por sexo. Camille era dotada de um corpo com muitos pontos erógenos. Como sempre respondeu rapidamente ao toque de Paolo. Só quando estava totalmente saciada é que usou nele as suas consideráveis técnicas. Ela era uma amante tortuosa, por isso em sintonia com o corpo de Paolo e de cada vez que este parecia perder o controle, ela soltava-o e deixava-o sofrer sem piedade. Quando já não conseguia aguentar mais, ele agarrou Camille pelas ancas e penetrou-a por trás. Quando atingiu o clímax, atirou a cabeça para trás e gritou como um louco. Camille olhava-o por cima do ombro, observando-o com um olhar de profunda satisfação pois vencera mais uma vez. Era sempre tudo tão fácil...
Camille levantou-se e abriu a porta do roupeiro. Em cima de uma prateleira estava uma caixa embrulhada. Retirou o papel e destapou-a, lá dentro estava um fato de calça e uma camisola de alças, ambos de seda cor de marfim o que constratava na perfeição com o seu cabelo liso asa de corvo e os seus fulgurantes olhos verde esmeralda.  Acrescentou ao conjunto o relógio Harry Winston, os brincos Bulgari, as pérolas Mikimoto e a pulseira Tiffany. Tirou da mala a  beretta com silenciador  e disparou um único tiro à queima roupa. Vasculhou depois a carteira de mais um amante morto, tirou toda a identificação. No bolso das calças encontrou um cartão de visita dobrado ao meio- Paolo Olivero- Ufficio- Sicureza Di Vaticano, rasgou-o em pedacinhos e puxou o autoclismo.
Encerrou a conta e aabandonou o Aquapura Douro Valley no seu Ferrari Modena em direcção ao Porto.
Ao mesmo tempo a muitos Quilómetros dali, o sol deslizou para trás de um manto de nuvens e um sopro de vento agitou os pinheiros do Jardim. Luigi Donati, apertou o manto contra a garganta, passou pelo Colégio Etíope, depois virou para um carreiro que o levou para em direcção ao muro, no recanto sudoeste da cidade do Vaticano, subiu um lance de escadas e subiu para o parapeito. Roma estendia-se na sua frente. Alto, esguio, cabelo negro, sotaina negra, era conhecido como il Doge.Á sua espera no Pátio San Damasco no exterior da entrada do palácio Apostólico estava um Mercedes á sua espera, bem como um segurança da vigilanza. Entrou para o carro que se afastou e entrou lentamente na via Belvere, passando a farmácia Pontifical e os aquartelamentos da guarda Suíça, antes de deslizar através do portão de Santa Ana e entrar na cidade de Roma.Atravessou a Piazza della Citá e entrou num parque subterrâneo. O edifício acima deste era um complexo residencial propriedade do Vaticano. O padre Marcone, seu secretário particular esperava-o já com tudo pronto. O cardeal soltou a capa e começou a vestir-se; um par de calças cinzentas, uma camisola de gola alta, blazer castanho e um par de sapatos pretos, retirou os óculos e substitui-os por outros de lentes mais escuras. A transformação estava concluída. Cinco minutos mais tarde estava na margem oposta do Tibre. Chegou ao cruzamento da Via Veneto e olhou para o relógio. Chegara exactamente à hora marcada. Alguns segundos depois um Sedam parou junto à berma.
O vidro baixou lentamente e Giulia sorri e diz Come Stai Zio?

Continua....

Bloguisódeo



A todos os que participam e acompanham esta aventura o meu OBRIGADA!
A saga continua....

Vai sair o capítulo 20, já já

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Ouve!

Estive para colocar aqui a música do Caetano Veloso leãozinho!


Mas quando andava à procura apareceu esta do Roberto Carlos não resisti...



Um dia vou ver você
Chegando num sorriso
Pisando a areia branca
Que é seu paraíso!

É assim que eu vejo você! Obrigada, fazes-me bem.

Bloguisódeo 6 - Chiara

Júlia! Júlia...
- Fartei-me de te ligar, ainda passei por tua casa mas já não te apanhei.
Aqui o Mister Adrian ouviu-me ao telefone e fez questão que eu não quebrasse o meu compromisso contigo e assim convidei-o a acompanhar-me.
- Bruno, apresento-te o meu amigo Pedro Nóbrega, engenheiro agrónomo que vive enfornado numa quinta no Douro, maravilhosa por sinal.
Muito prazer.
- Este é mister Adrian Carter, que está a usufruir de uns dias de férias na minha casa e digamos assim, a descobrir Portugal.
Desculpa, desculpa Júlia por toda esta confusão mas estou a ver que sabes tomar conta de ti.
- Foi um prazer Bruno, tem de ir um dia destes passar uns dias ao Norte.
Bruno ficou a vê-los afastarem-se e por momentos o seu olhar relampejou.
Virou-se para Júlia e deixou descair, amigo...?
O meu melhor amigo sim! Alguma objecção?
Com um sorriso cínico Bruno respondeu Quem sou eu!!
Por momentos a tensão entre os dois instalou-se.
Mas depois Mattias quebrou o gelo ao sussurrar-lhe ao ouvido, vamos fugir daqui?
A sorrir Júlia deu-lhe a mão e viraram costas ao teatro.
A noite estava amena mas corria uma leve aragem. Mattias sem uma palavra despiu o casaco e colocou-lho nos ombros. Virou-a para si e com o dedo indicador, suavemente contornou-lhe os lábios.
És bela Júlia, tens noção do efeito que provocas num homem?
Com um sorriso angelical Júlia responde-lhe, claro que sim!
Acabaram a noite no Príncipe Real, no pavilhão chinês na zona para fumadores, com a voz rouca e sensual da Dani Klein, Mattias levou uma tareia no bilhar e ao fim de uma meia dúzia de vacas gordas, Júlia tinha seduzido por completo o experiente Mattias.
No carro, de regresso a casa Júlia descalçou os Louboutins e foi respondendo ás perguntas aparentemente inócuas com que Mattias foi conduzindo a conversa.
Pedro era um amigo de infância sim, cresceram praticamente juntos. Herdou uma quinta no Douro e investiu no Turismo Rural. Adrian Carter, não conhecia, devia ser algum hóspede. Sim, já tinha viajado várias vezes com Pedro.
Mas afinal o que é isto Bruno Mattias!
Um interrogatório?
Eu prometi que ia conhecer-te melhor e cumpro sempre o que prometo diz ele.
Com um semblante fechado Júlia diz, detesto promessas e para sempres.
Viver é no aqui e agora!
Sem amanhãs?
Sem amanhã responde Júlia.
Então vamos viver esta noite, convidas-me a subir?
Júlia, enlaça-o pelo pescoço, passa ao de leve a língua,  pela sua orelha , despenteia-lhe o cabelo e com um olhar malicioso olha-o bem fundo nos olhos e diz, NAO.
Sai do carro e sopra-lhe um beijo.
Ciao Bruno.
Com os sapatos na mão atravessa a estrada sem reparar na carrinha de vidros esfumados que arranca suavemente.
Entra em casa, e retira do fundo falso da clutch o telemóvel. Num bloco de escritórios anónimos na Avenida Rei Saul em Telavive alguém atende.
- Shalom Chiara
- Contacto estabelecido responde ela. Langley também já está em campo.

Podem ir seguindo o desenrolar da história por aqui:
Bloguisódeo 1 - Isabelices - Inicio
Bloguisódeo 2 - Orquídea Selvagem - Blind Date 
Bloguisódeo 3 - Vintense - Giulia
Bloguisódeo 4 - Isabelices - Mikael Jonasson
Bloguisódeo 5 - Ulisses - Brodway de La Féria
Bloguisódeo 6 - Isabelices - Chiara
Bloguisódeo 7 - Ulisses - Coincidências não existem
Bloguisódeo 8 - Vintense - Mystique
Bloguisódeo 9 - Sedutora AnNe - Um novo Encontro
Bloguisódeo 10 - Vintense - Novas Directizes
Bloguisódeo 11 - Ulises - O Homenzinho velho e atarracado
Bloguisódeo 12 - continua...

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Bloguisódeo 4 - Mikael Jonasson

Blogisódio 4

Mikael Jonasson
Giulia não pode deixar de sorrir ao pensar na sua Nona. Ela iria adorar o Mattias se calhar tanto como detesta o Pedro.
Pedro é o seu melhor amigo desde os tempos do liceu, e a sua Nona Italiana que é a pessoa mais generosa do mundo, nunca escondeu que não gosta dele mesmo desconhecendo a sua homossexualidade.
Talvez por recear um pouco essa argúcia, aqueles olhos negros tão vivos, é que ainda não lhe falou do Mikael, ou será que no fundo, no fundo é ela que intuitivamente não consegue confiar no próprio namorado?
Conheceu o Mikael, um amigo de Pedro na Piazza del Duomo, quando vinha a sair de mais uma visita á Catedral. Loiro, olhos cinzentos, franzino era á vontade duas cabeças mais alto que Pedro e que, com um sotaque engraçado a cumprimentou com um buona Sera signorina belíssima.
Mikael, conheceu Pedro num intercâmbio escolar e nunca mais perderam o contacto. Acompanhou-os ás compras nas galerias Vittorio Emanuele e daí para a Via Montenapoleone, one Pedro tinha encontro marcado com o seu novo amor.
Foi na pasticeria Cova, depois de umas trufas recheadas com gianduia, seguidas de um capuccino fumegante que ele se apresentou.
Mikael Jonasson, 38 anos, Sueco, investigador numa empresa farmaceútica sediada em Nova Iorque. A sua pesquisa incidia sobre o uso de beta-bloqueadores no tratamento do stress pós-traumático.
De férias em Milão, cidade que o apaixonava, era o seu último dia. Como tinha voo marcado para o dia seguinte, foram jantar ao seu restaurante de eleição, a Latteria San Mareo onde se come o melhor spagueti al limone de toda a Itália.
E foi assim que tudo começou. Mikael era charmoso, um amante atento, apreciador de tudo o que a vida tem de melhor.
 Vivíam entre aviões e quartos de hotéis uma paixão intensa, fisíca, sem amanhãs, até porque as respectivas vidas profissionais não permitiam planos a longo prazo.
Era uma relação que a preenchia até aquele dia em Gibraltar, em que ao arrumar-lhe a mala descobriu um PDA de última geração e um passaporte da Nova Zelândia com a cara do Mikael mas passado em nome de Davis Edward Rendon.....
Continua...


Podem ir seguindo o desenrolar da história por aqui:
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Bloguisódeo 4 - Isabelices - Mikael Jonasson
Bloguisódeo 5 - Ulisses - Brodway de La Féria
Bloguisódeo 6 - Isabelices - Chiara
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