sexta-feira, 17 de junho de 2011

Bloguisódio 31 - A Armadilha

Enquanto os telefones dos vários Directores cuspiam ordens e contra ordens aos seus agentes de campo, dando-lhes conta dos novos desenvolvimentos, o nosso Inspector Amadeu dirigia-se a toda a velocidade no seu Peugeot 207 - seu mesmo! que como é do conhecimento geral, a PJ está em falência Técnica. - Será que a Troika teria solução para isto ? -  Bom e esquecendo isso, o inspector Amadeu vira-se para o seu Sub Inspector e num tom cínico diz;
- Ó Francisco pá, se não fosse pelo amor à camisola ainda metia uma cunha lá aqueles gajos de Langley.
- É mesmo chefe, aqueles lá não andam a mendigar as reformas como nós!
-Sabes que mais Francisco, esta história não me cheira nada bem...um gajo daquele calibre vir enfiar-se em Portugal...como ? porquê ? para quê?
-Boa pergunta chefe! E agora mais aquela história do vírus.., também não me agrada nada, ter esta data de tipos metidos a besta a passearem-se no nosso território!
- Tenho cá um palpite Francisco que vamos ser nós, que vamos fazer ver a esses flausinos todos.
O inspector saí da auto estrada e mete em direcção à Foz mais precisamente à rua da Senhora da Luz e pára junto a um palacete, onde irá acontecer o jantar e a vernissage dada pelo infiltrado MIKAEL.

Num outro apartamento na outra ponta da cidade, Camille na verdade Mystique, está a colocar as lentes coloridas já enfiada num vestido Dior de cor creme. Num dos seus vistosos anéis tem um minúsculo e sensível microfone direccional e junto ao sutiã, um minúsculo gravador sofisticado, o que aliás deu origem a um chorrilho de palavras feias porque, nunca na sua vida usou sutiã,  muito menos com um Dior.
Mattias por sua vez estava a ajeitar o laço do seu fato Pierre Cardin. Tinha a clock num coldre junto ao sovaco e na meia uma faca zakarov.

Na pastelaria situada na rua em frente ao palacete, Boris finge ler um jornal desportivo, tem uma chávena de chá na sua frente onde dissimuladamente despejou a sua dose de Vodka e uma fatia intacta de tarde de maça. A stechkem de 9mm  num bolso junto ao peito e a bereta com silenciador na pasta de executivo na cadeira a seu lado.
Dentro do palacete, John e Adrian, dão os retoques finais na sala de exposições. Com a ajuda de um talentoso restaurador de arte tinham conseguido um efeito surpreendente.
A par do tocador de alaúde de Caravagio, tinham um nu de Modigliani e junto ao impressionismo sombrio de Cézane sobressaiam os verdes e amarelos de Monet. Tinham também, o retrato de um Homem de Rafael, que contrastava na sua expressiva beleza  com os ângulos incomuns da Estrela de Degas. A sala, ou melhor toda a casa tinha microfones e transmissores em sítios estratégicos tal como câmaras de vigilância.
Júlia ou Chiara, essa estava a comandar o pessoal do catering contratado.
Nas imediações, estava também uma carrinha com o logótipo de uma empresa de mudanças que tinha no seu interior um verdadeiro centro tecnológico.

Perto das cinco da tarde, as limusines começaram a chegar. Tinha sido convidada a alta sociedade Portuense bem como as maiores figuras do Jet Set Nacional.
Os riscos eram grandes mas a armadilha tinha sido montada!
Alguns mirones juntaram-se na rua, outros assomavam às janelas bem ao estilo português, admirados com tanto fausto num dia de semana.
No meio deles ninguém deu por um velhote andrajoso que com um sorriso sarcástico se apoiava numa gasta bengala.

Continua....

6 comentários:

  1. ahahahahaha
    Desculpa... mas desta vez deste-me vontade de rir...
    Desde o Mathieu de Larue que eu não ria tanto nesta história...
    Tu o que bebeste ao jantar??

    Ficou divertido sim senhora... e mais uma vez cumpriste o que prometeste!
    (give me five!)


    Beijosssssssssss :)

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  2. Bom dia!

    Esta inspiração noturna dá para coisas assim.

    Vá lá podia dar-me para pior!

    Bjocas

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  3. A Camile vai ser daquelas velhas que vai andar a tropeçar nas glândulas mamárias, por se recusar a usar soutien.

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  4. Hummmmmm quer-me parecer que não!

    Estou apostada em como vai morrer ainda com tudo no sítio!!

    Abraço

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  5. Malandra... não me digas que estás a pensar em limpar o sebo à russa...
    Daqui a pouco não sobra ninguém para contar a história...

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