sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Boas Entradas!



Vá lá telefona-me para fazermos um brinde ao futuro!!!!


Boas entradas Pessoal.

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011



Desejo-vos a todos um Bom Natal e dado que estamos em crise, um Natal sexy ainda está ao alcance de todos!!!!


Feliz Natal

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Eu, outra vez!

É verdade?


Deve ser!
Isto tudo que escrevo será que sinto?
Será?
Também pode não ser....
Onde anda a verdade?


Quês, porquês...
Urge acreditar, duvidar é negativo!
E depois que importa?


Eu sou o que quero, sinto o que quero, finjo o que quero!
Uma e outra, e outra vez...


Goste-se ou não é verdade!
Onde anda pois a verdade?
Será no que escrevo? No que sinto? ou no que finjo?
Tola que sou!
Ora pois e quem se importa?


Ps- Qualquer coisa da minha autoria pois.......



Eu


Eu sou pássaro, flor energia
Sou cor, sol, imensidão
Sou mar, lago, baia
Sou sangue sou paixão


Sou alegria, riso magia
Sou carne e coração
Sou dor e agonia
Arrependimento e perdão


Sou música sou instrumento
A minha voz é do vento
Sou musa encantada
Sou mulher enamorada


Sou orgulhosa, sou teimosa
Sou meiga e amorosa
Sou mulher, sou livre
Sou um corpo que vive



Nas profundezas
Nas redondezas
Em qualquer lugar
Onde se saiba amar



Vivo no teu coração
No teu pensamento
Vivo na ilusão
Na eternidade e no momento



Sou doce e amarga
Sou forte e fraca
Sou tudo e nada
Sou mulher.....




Poema da minha autoria em honra da minha amiga Orquídea!

terça-feira, 29 de novembro de 2011

Amor Digital

Hoje já não se comunica, contacta-se. E o contacto virtual e digital através de todos os aparelhos portáteis que temos ao nosso alcance, não é nunca a forma certa de estar com o outro, não é a mais certa, mas a mais fácil e curta certamente. A escrita é uma espécie de morse, um labirinto de linguagem teen, infinitamente mais rápida de debitar. Mas, tenho pena. Pena,  por ter de acelerar a minha capacidade de resposta na ponta do dedo. Pena,  por não poder saborear devagar cada letra.
É giro, infinitamente giro, como infinitamente mortal porque como qualquer outra droga, vicia, desarma e evita que as pessoas se olhem, se saboreiem com o olhar, se deliciem no prazer dos gestos, na forma a informar a forma... O dedo leva-nos a conta gotas até ao outro, um conta gotas rápido demais, uma espécie de soro que entra de repente e nos cria a fantasia de sermos donos do mundo.
Mentira é mentira. Ninguém ama alguém tipo ET ao toque do dedo no alfabeto, ninguém contrói amizades, inventa relações, governa a vida se não for à moda antiga, cumprindo etapas, marcando encontros, pensando a dois, saboreando uma santola e umas amêijoas numa saudável tagarelice ao fim da praia. Ou tocando. Não no inventor de sonhos, mas na mão do outro. Há lá alguma coisa que se compare ao olhar do outro? Comunicar não é tão complicado como parece nem tão simples assim. Tem-se medo de comunicar, tem-se medo desse encanto e deste veneno, absorvemo-nos nas mil e uma formas que podemos dar às letras. Tornamo-nos poetas e músicos, mágicos e malabaristas de letras pessoais e intransmissíveis na nossa versão de circo encantado e o pior é que as tomamos como suficientes para aproximar, para estar perto, para tornar ainda mais saudosas as saudades. Gostamos das palavras, da sua doçura velada, que estamos longe de perceber como são finitas quando se confinam só a ser palavras fechadas em cofres digitais. Apaixonam, redimem, sobram, faltam mas não são nossas, são iguais ás do outro, estranhamente iguais. O que as distingue são as emoções que em nós se fazem, o que as distingue é a nossa capacidade de pegar nelas, descer as ruas a pino, encontrar  a tal esquina prometida e fazer delas, das suas metáforas, das cores, das imagens, «pessoas crescidas» que andam e falam e têm vida própria.
Eu gosto delas, das palavras, do seu vazio luminoso, aquecem-me e levam-me para perto de quem gosto. Mas a formula - I miss you. I love you. I call you- não é desculpa para tudo. Só por si vale pouco, como as batatas sem bife, dão sabor apimentam, agigantam a vontade, compõem um prato, mas só por si, valha-me Deus! E o bife? É a bife que nos movemos, sem bife que se lixem as batatas! Gosto muito mais do amor à antiga que deste « a la carte» que ainda por cima agudiza as saudades e mata a coragem de matar as saudades de viva voz. Dantes as cartas a tinta permanente, em dobras macias e eternas demoravam o tempo todo do sol e da lua a cumprir-se, mas guardavam-se no cantinho do coração e não havia delete que as arrumasse na poeira do tempo. Tenho pena  que este prazer digital asfixie o sabor da pele, a luz macia da voz, os gestos do olhar, premiando olimpicamente a pressa do tempo numa espécie de pombo-correio em voo picado telecomandado por nós, eternos fabricantes de sonhos.

- Não era minha intenção dissertar aqui acerca do Amor, mas embora concorde com a autora deste texto, o que eu queria mesmo era ressaltar que adoro ler mulheres inteligentes como é o caso deste livrinho delicioso "Palavra de Mulher " da Maria João Lopo de Carvalho.

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

De férias

Estou de férias uauh..... Passei só para uma visitinha mas, dado que a maioria se encontra ainda de quarentena só me resta dizer;

As melhoras para os infectados!!!!  Rssssssssss

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Que coisa.....

Hoje está tudo Contaminado.......rssssssssss


Será que foi alguma medida do Governo? Da Troika? Ou será o bicho da madeira??

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Eudaimonia

Estou eudaimoniada
Sinto-me
Feliz, alegre, risonha
animada, empolgada, motivada
satisfeita, abençoada, afortunada
jubilosa, prazeirosa, contente
regozijada, entusiasmada, ditosa!!
I am happy, hereuse, felice, Mutluyum
Ger er glad
ich bin glücklich
Jestem szcze´sliwy
lycklig fôrmiddag I

Há momentos que valem uma vida inteira.

Ps - Eudaimonia, termo grego que expressa um estado de plenitude, satisfação e equilibrio.

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

De Volta

Até ao lavar dos cestos é Vindima dizem cá na minha região!
A minha já acabou, as férias também estão quase acabadas
De volta ao trabalho deixo-vos um cheirinho do Reino Maravilhoso de Torga.
Quem sabe nos vemos por aqui!

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Ó pá porra!!!

É como areia no sapato,
Igual a um cisco no olho.
Parecido com o zumbido de uma mosca
que não se vê,
Com a palmada que
não acerta no mosquito,
Com a vontade de coçar e não chegar lá,
é,  pura e simplesmente IRRITANTE!
O 1º milho é dos pardais - diz-se a pessoas impacientes 
mas muito sinceramente a minha vontade é mandar aqui o Blogger
dar uma volta ao bilhar grande.
Era suposto isto aqui divertir-me,  mas efectivamente está é a mexer-me
com os nervos!!
Não conseguir comentar, responder, comunicar,  está a deixar-me sem paciência....

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Bloguisódio

Foi com muita pena minha que constatei hoje que o Blog do Vintenso foi removido!


Como era lá que existia um espaço para anunciar a publicação dos episódios da saga do Gang do Bloguisódio,  um projecto que ele abraçou e com o qual colaborou diversas vezes, fica pois a ser aqui bem como no Blog do Ulisses, outro mentor desta Saga que poderão anunciar novos episódios.


Conto convosco!

Bloguisódio 41 - Upgrade


Continuação D'aqui


O Inspector Amadeu acordou, olhou para o relógio e viu que eram apenas cinco da manhã. Sabia que se tinha deitado à pouco mais de duas horas por isso voltou a fechar os olhos. Quinze minutos mais tarde caiu num sono leve, durante o qual  surgiram e desapareceram sonhos vagos e perturbadores que por fim se desvaneceram quando acordou pelas seis e meia. Levantou-se meio ensonado e com uma forte dor de cabeça e resolveu que um passeio pela Foz lhe faria bem.
Tomou um duche, vestiu umas calças de ganga e uma camisola e bebeu um copo de sumo e um café antes de sair.
O amanhecer naquele dia estava magnifico. O sol brilhava à medida que se elevava no firmamento, embora do mar soprasse uma brisa fresca. Ouvia-se também o glorioso som das ondas a desfazerem-se e o ar estava impregnado do cheiro a sal e vida marinha.
Acendeu um cigarro e perdeu-se em cogitações.
- Enterrado vivo! Que fim mais tenebroso! Não que o tal de Mac Doc não o merecesse mas agora tinham voltado a perder a pista ao Mikael. Só Jonh Forrester concordava com ele mas no seu intimo ele sabia que a tal ruiva de olhos azuis que por momentos apareceu nos monitores era na verdade Mikael, um mestre do disfarce sem dúvida,  além de um monstro desprovido de humanidade.  E que mensagem queria ele deixar com aquela história dos sinos?
Recordou por momentos aquele velho ditado Irlandês " Deve andar alguém a passear na minha campa", arrepiou-se todo e deitou fora a beata.

Em Itália, na Villa Monterrosa, Dona Francesca tinha mandado servir um chá na esperança de poder acalmar D. Luigi.
-Francesca,  Francesca, lamentava-se ele, já viste como o passado nos alcança sempre?
Perante o silêncio da sua irmã mais velha suspirou e recuou no tempo.
-Lembrava-se como se fosse hoje!
O céu sobre Newport, em Rhode Island estava azul claro e enevoado pelo calor da tarde. A agua estava totalmente calma e a ponte encontrava-se perfeitamente espelhada nas águas. Era ali na Marina que ele se permitia ter saudades de casa.
Encontrava-se ali por sugestão da sua irmã Francesca que não aceitava de bom grado a sua opção de enveredar pelo sacerdócio. Entre os dois tinham feito um acordo se, no fim daquele ano quase sabático, a sua vocação se mantivesse ela nunca mais o questionaria e embora não fosse esse o destino que tinha sonhado para o irmão,  respeitaria a sua opção de vida.
E foi lá, na marina que ele conheceu Josephine Donnelly, uma bonita e esbelta inglesa de 19 anos.
Cabelos castanhos  curtos e ondulados, vestia na altura umas calças largas e uma blusa solta e era dona de uns maravilhosos e expressivos olhos acinzentados, lindos e inconfundíveis, os olhos de Mikael....
- Foi tão duro deixá-la para trás....
- Francesca, Francesca! Desde que recebi aquela carta da Irlanda que não tenho paz.
-Eu tenho de saber se eles são mesmo  meus filhos Francesca entendes?

Continua...

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Bloguisódio 40 - Greenland

Mac Doc tentou abrir os olhos, mas o esforço foi demasiado. A cabeça doía-lhe muito. Onde estava? O que acontecera? Ergueu a mão; esta deteve-se alguns centímetros acima do corpo, incapaz de subir mais.
Instintivamente empurrou a barreira que tinha acima de si, mas aquela não se mexeu.
 O que seria? Era macia ao toque como o cetim, e fria.
Fez deslizar os dedos pelo lado e para baixo; a superfície mudava. Mac Doc sentiu uns folhos. Uma colcha? Estaria nalguma cama?
Empurrou a outra mão para o lado e encolheu-a assim que a palma tocou nos mesmos folhos gelados. Havia-os dos dois lados daquele espaço estreito.
O que estaria a prender-lhe o anel quando mexeu a mão esquerda?
Com o polegar, apalpou o anelar e sentiu-o tocar num cordel. Mas porquê? Como?
Será que tinha entrado na cabine, será que estava em viagem e não se recordava?

A sua mente raciocinava frenética, enquanto tentava reconstruir o que acontecera Ouvira-a a tempo de se virara, ao mesmo tempo que algo lhe batera na cabeça.
Lembrou-se de ver uma ruiva deslumbrante de olhos azuis... Mystique....Sónia ou Camille?
Par onde e com que personagem teria viajado desta vez?
Ainda desorientado e apavorado  esforçou-se por compreender. Que raio quereria dizer o cordel?

Depois tudo lhe veio à memória e por momentos os seus olhos refulgiram num alucinado bailado estrábico. Tinha sido enterrado vivo!
Os tocadores de sinos!
Os vitorianos tinham tanto medo de ser enterrados vivos que se tornou tradição  atar um cordel aos seus dedos antes do enterro. O cordel saia por um orifício no caixão, subindo até à superficíe da campa.
Um cordel preso a um sino.
Tentou gritar, mas não emitiu um único som. Deu uns puxões no cordel, pôs-se à escuta, esperando ouvir lá em cima o som distante do sino, mas só havia silêncio. Escuridão e silêncio.
Deu uns murros no caixão, porém mesmo no interior o cetim espesso abafava o ruído. Por fim gritou. Gritou até ficar rouco, até não ser capaz de gritar mais.
Puxou a corda ...uma e outra vez. De certeza que estava a tocar. Ele não o ouvia mas alguém iria ouvir. Tinham de ouvir....

Cá fora o vento não se fazia ouvir, o luar cobria tudo. O único movimento era o de um  sino de bronze que se agitava de um lado para o outro numa dança de morte não ritmada. O badalo fora-lhe retirado.

Continua...

Estrelas de prata

O que é que te define?
O que é que em ti mais salta à vista?
Que máscara escolheste tu para mostrar ao mundo?
Perguntas? Perguntas? Perguntas?
Tu sabes!
Quando olhas para o espelho está lá,
o que tu não queres ver.
Achas que se não olhares desaparece?
Achas que se não pensares não existe?
Achas que se ignorares não te afecta?
Tens medo,  assume!
Medo de encarar,
Medo de mergulhar fundo
Medo de te afogares
Medo de perceberes que afinal és uma fraude
um engano!
- Tens de sobreviver,  pois...
- Tens de viver,  pois...
 Mas com os outros ou contigo?
Será instinto de sobrevivência ou cobardia?
Mas tu vives, tu funcionas,  tu produzes, crias, fazes...
E pergunto eu,  esse "tu" é Feliz?
Dentro do possível chega-te?
Que é dos sonhos?
Dos desafios?
Das promessas?
Do impossível passivel de acontecer, de realizar de construir, de viver?
- São quimeras, pois!
Mas olha, elas estão lá, continuam lá
as estrelinhas de prata,  bem no fundo dos teus olhos.
Sabes, tu sabes,  nunca é muito tempo...

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Da Partida

Canto a Leopardi
Ah, Mas da Voz Exânime Pranteia
 
[...] 
AH, MAS DA VOZ exânime pranteia 
O coração aflito respondendo: 
"Se é falsa a idéia, quem me deu a idéia? 
Se não há nem bondade nem justiça 
Por que é que anseia o coração na liça 
Os seus inúteis mitos defendendo? 
Se é falso crer num deus ou num destino  
Que saiba o que é o coração humano, 
Por que há o humano coração e o tino 
Que tem do bem e o mal?  Ah, se é insano  
Querer justiça, por que na justiça 
Querer o bem, para que o bem querer? 
Que maldade, que [...], que injustiça 
Nos fez pra crer, se não devemos crer? 
 

Se o dúbio e incerto mundo,  
Se a vida transitória 
Têm noutra parte o íntimo e profundo 
Sentido, e o quadro último da história,  
Por que há um mundo transitório e incerto  
Onde ando por incerteza e transição,  
Hoje um mal, uma dor, e [...], aberto 
Um só dorido coração?" 

[...] 
Assim, na noite abstrata da Razão, 
Inutilmente, majestosamente, 
Dialoga consigo o coração,  
Fala alto a si mesma a mente; 
E não há paz nem conclusão,  
Tudo é como se fora inexistente.  


Até Sempre Rolando Palma.
 

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

De Volta!

Bom dia para quem começou este dia de bem com a vida;)
Pois, reclamar para que?
Já ganhamos o dia de presente para fazer o que bem entendermos e até o que bem não entendermos...
Por isso respira, ri, sorri, chora, comove-te, ama, grita, vibra,
reclama, experimenta-te, arrisca-te, zanga-te mas vive...
“Carpe diem” colhe o dia ou aproveita o momento
Porque na vida nada bate o prazer...;)

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Cada vez me divirto mais a fazer coisas destas....

Ao princípio não era o Verbo
Era só um estrangeirismo,
a fazer lembrar a música dos já fumega
"Desafio pairando sobre o rio
Pontes, miragens, outras margens"
Não era o verbo mas depressa
passou a conjugar
primeiro a palavra, depois a rima, o riso,
o que provocou reacções;
« Presunção e agua benta cada um toma a que quer...»
e esta tal de
que vos falo só pode é ser Mulher!
Apresenta-se com derivação sufixal
e não se tem dado mal.
Quando tratou de encher a casa foi à procura
na Serra de Sicó.
 Pelo caminho encontrou outros viajantes
e foi trocando prosas.
Desde um natural de Tarso que utiliza um prefixo
para designar diversas ciências, até um fotografo encartado
que é fã de pratos condimentados, ou a um outro especialista
em religiões, defensor do bloomsday e apreciador de Tennyson,
tudo tem valido a pena!
Pelo caminho tomou-se de amores por um ser de raça indefinida
que exala uma mistura de óleos essenciais, deliciou-se com a
sensibilidade e o saber de um participante de gincanas e tantos
outros e outras.
Se ao princípio era um estrangeirismo, idiotismo ou anglicismo,
agora é mais como reza aquela música ;
"Você não vale nada mas eu gosto de você!
Você não vale nada mas eu gosto de você! "

E continua idiota essa é que é essa!!

Vá  Itte Kimasu

Sayonara

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Às vezes divirto-me a fazer coisas destas!

Desculpa lá Ulisses por te plagiar o título....

É feio como a noite!
Usa umas barbas de grego
e vive num reino do faz de conta.
Admirador do modernismo poético, do
espiríto odisseico não será contudo obcecado por datas
mas sei que ama a música.
Carrega um humor esdrúxulo e um grande poder de síntese
junto com um enorme saber e um olhar abrangente.
Urde tramas, cria enredos, viaja através dos tempos
criando histórias dentro de histórias.
Leva-nos á boleia numa mistura de estilos muito própria!
Irrequieto, é dono de uma mente curiosa.
Seja Mito, herói ou anti Cristo, é sem sombra de dúvida interessante.
Sensível no âmago, não o revela contudo.
Entre piadas, músicas e verdadeiras opiniões lá se vai desnudando
Sabe e assume-se um adepto do pecado capital.

Adivinhem......

terça-feira, 5 de julho de 2011

Quase lá

O sorriso espalha-se
em antecipação.
a pele arrepia-se
num gozo ansiado,
recorrentemente
 experienciado
que no entanto
nunca sacia...
Está-me na pele
é comportamental
quiçá genético!
Uma relação a três
um reencontro
onde os sentidos
se expandem,
se fundem.
Sentimento de pertença
onde o corpo goza
e a alma voa.
Misto de espiritual
e carnal
é uma relação a três
perfeitamente normal,
usual,
casual,
mas que me preenche,
me enche de energia,
e transforma os dias
em pura magia!


Quase lá, - eu a areia e o mar!

sábado, 25 de junho de 2011

E porque sim!

Não gosto do blogguer!
Limita-me a liberdade quando não me permite comentar quem eu quero, não fomenta um convívio alargado porque nunca sei quem me responde, o que por vezes me faz deixar passar coisas mais ou menos importantes além de que me obriga a puxar do inglês o que só por si não será mau!

Sou tagarela, gosto de brincar e sou apologista das pausas no trabalho para descontrair. Aqui é difícil fazer isto rapidamente, logo as pausas correm o risco de em vez  de me descontraírem, me stressarem.

Tenho a mania de nunca recusar um desafio, mas desconhecia que este espaço aqui sofre de insuficiência imunológica "está sempre com o chilique"...

E vocês com isso não é? Pois!

Bom Fim de Semana

sexta-feira, 24 de junho de 2011

37- A Espera


Continuação D'aqui

Enquanto isso, no gabinete do inspector Amadeu, o cinzeiro estava a abarrotar de beatas. O espaço não era amplo e as paredes estavam forradas com mapas, a grande Lisboa, a Invicta, o Algarve, em suma todo o território nacional com incidência nos aeroportos e fronteiras, assinalando todas as possíveis rotas de de fuga. Os telefones não tinham campainha, em vez disso estavam equipados com luzes verdes e vermelhas que piscavam à vez.
Era a operação do Inspector Amadeu e consequentemente uma espécie de espectáculo dirigido por ele. Sob condições perfeitas a operação envolveria semanas de preparação mas o Inspector Amadeu sabia que o tempo estava contra ele. Os diferentes agentes estrangeiros"palhaços", estavam constantemente em movimento, aparecendo e desaparecendo com uma frequência de fazer enlouquecer como o caso daquela tal Júlia ou Chiara que de manhã estava em Lisboa e à tarde  em Roma e, com um alto dignatário do Vaticano...Isso era algo que ainda não estava bem claro para o Inspector. Era  moeda corrente que o Vaticano....bem!!-  mas ainda assim que raio teriam eles ver com urânio, virús mortais, venda de armas, assassinatos.....já não se pode dar nada por adquirido!!-  e foi no meio destas reflexões que ele se apercebeu do piscar dos telefones.
- Sim Francisco, no Hotel Altis? -os quatro?
- Sim, chefe mas tá tudo controlado, chegaram os quatro e seguiram directo para a suite do Director onde já estava a tal da Mossad.
- Não se preocupe, está tudo a ser gravado.
-  Não facilites lembra-te que estás a seguir  Jonh Forrester, "A lenda", -que tinha pelos vistos regressado do mundo dos mortos!
A trezentos Km dali, mais precisamente numa Quinta no Pinhão, uma outra equipe posicionada no terreno fazia o relatório da situação.
- Sem desenvolvimentos Chefe, tudo calmo por aqui.
- A três quarteirões de distância, num fiat Sedam cinzento, um outro operacional com um fato  de riscas cinzentas e uma gravata cor de carvão informa o Inspector Amadeu que o russo se encontrava na suite e que pelo ressonar devia estar a tirar uma sesta.
- Não, não recebeu chamadas, nem no celular, nem pelo telefone do Hotel.
Por momentos o Inspector Amadeu pensou contactar também o seu melhor agente, especialista em vigilância de rua, uma figura pequena e delicada, com cabelo grisalho, fino e olhos inteligentes cuja missão era seguir todos os passos de um certo velhote andrajoso com um curioso sotaque francês.
- A espera. Sempre a Espera. Por vezes tinha umas saudades tremendas do trabalho de campo, ficar fechado num gabinete nunca foi o sonho da sua vida. Acendeu mais um cigarro e uma nuvem de fumo formou-se fazendo-o franzir os olhos.
Itália
A Villa Monterrosa tem uma beleza desconcertante. Uma antiga Abadia beneditina, hoje transformada em residência de Verão, ergue-se sobre uma base de granito nos Montes Lazio e olha do alto pela aldeia no sopé do vale florestado. Nessa manhã podia ver-se um homem, no alto parapeito varrido pelo vento. Não era um arco que tinha sobre o ombro, mas uma espingarda Beretta de alta precisão.
Um Mercedes blindado parou junto ao portão de ferro onde foi saudado por um par de guardas de segurança em fatos castanhos.
O homem sentado no banco traseiro baixou o vidro, usava um colarinho clerical.
 Um guarda aproximou-se, reparou nas matrículas indentificativas - SCV- Matrículas do Vaticano e respeitosamente interpelou o ocupante.- Buena Sera Eminência. Mi Scusi, Per favore adelante!
O Mercedes arrancou pelo caminho de asfalto e parou no pátio de cascalho sombreado por pinheiros mansos e eucaliptos.
Luigi Donati saiu e, logo depois de beijar levemente a mulher idosa mas imponente que o recebeu, perguntou;
-Como é que deixaste escapar o Mikael Francesca?
- Tem calma Luigi, se deixei, tinha os meus motivos....

Continua

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Erva Daninha

Erva daninha
espinho de cardo
falas de amor
de amar...
Em baladas, sonetos
em versos dispersos
Tu,
que é pura peçonha
o que te corre nas veias
Não podes ter
um coração vermelho!
Erva daninha
espinho de cardo
que chegas
com perfume de rosa
e devagarinho
de mansinho
à falsa fé
agarras,
prometes,
fazes alucinar
voar....
Por entre sonhos envenenados
e delírios dourados
Tu, qual erva daninha
vais rindo...
Não!
Nessa alma pavorosa
não pode bater
um coração
vermelho.

Bloguisódio 31 - A Armadilha

Enquanto os telefones dos vários Directores cuspiam ordens e contra ordens aos seus agentes de campo, dando-lhes conta dos novos desenvolvimentos, o nosso Inspector Amadeu dirigia-se a toda a velocidade no seu Peugeot 207 - seu mesmo! que como é do conhecimento geral, a PJ está em falência Técnica. - Será que a Troika teria solução para isto ? -  Bom e esquecendo isso, o inspector Amadeu vira-se para o seu Sub Inspector e num tom cínico diz;
- Ó Francisco pá, se não fosse pelo amor à camisola ainda metia uma cunha lá aqueles gajos de Langley.
- É mesmo chefe, aqueles lá não andam a mendigar as reformas como nós!
-Sabes que mais Francisco, esta história não me cheira nada bem...um gajo daquele calibre vir enfiar-se em Portugal...como ? porquê ? para quê?
-Boa pergunta chefe! E agora mais aquela história do vírus.., também não me agrada nada, ter esta data de tipos metidos a besta a passearem-se no nosso território!
- Tenho cá um palpite Francisco que vamos ser nós, que vamos fazer ver a esses flausinos todos.
O inspector saí da auto estrada e mete em direcção à Foz mais precisamente à rua da Senhora da Luz e pára junto a um palacete, onde irá acontecer o jantar e a vernissage dada pelo infiltrado MIKAEL.

Num outro apartamento na outra ponta da cidade, Camille na verdade Mystique, está a colocar as lentes coloridas já enfiada num vestido Dior de cor creme. Num dos seus vistosos anéis tem um minúsculo e sensível microfone direccional e junto ao sutiã, um minúsculo gravador sofisticado, o que aliás deu origem a um chorrilho de palavras feias porque, nunca na sua vida usou sutiã,  muito menos com um Dior.
Mattias por sua vez estava a ajeitar o laço do seu fato Pierre Cardin. Tinha a clock num coldre junto ao sovaco e na meia uma faca zakarov.

Na pastelaria situada na rua em frente ao palacete, Boris finge ler um jornal desportivo, tem uma chávena de chá na sua frente onde dissimuladamente despejou a sua dose de Vodka e uma fatia intacta de tarde de maça. A stechkem de 9mm  num bolso junto ao peito e a bereta com silenciador na pasta de executivo na cadeira a seu lado.
Dentro do palacete, John e Adrian, dão os retoques finais na sala de exposições. Com a ajuda de um talentoso restaurador de arte tinham conseguido um efeito surpreendente.
A par do tocador de alaúde de Caravagio, tinham um nu de Modigliani e junto ao impressionismo sombrio de Cézane sobressaiam os verdes e amarelos de Monet. Tinham também, o retrato de um Homem de Rafael, que contrastava na sua expressiva beleza  com os ângulos incomuns da Estrela de Degas. A sala, ou melhor toda a casa tinha microfones e transmissores em sítios estratégicos tal como câmaras de vigilância.
Júlia ou Chiara, essa estava a comandar o pessoal do catering contratado.
Nas imediações, estava também uma carrinha com o logótipo de uma empresa de mudanças que tinha no seu interior um verdadeiro centro tecnológico.

Perto das cinco da tarde, as limusines começaram a chegar. Tinha sido convidada a alta sociedade Portuense bem como as maiores figuras do Jet Set Nacional.
Os riscos eram grandes mas a armadilha tinha sido montada!
Alguns mirones juntaram-se na rua, outros assomavam às janelas bem ao estilo português, admirados com tanto fausto num dia de semana.
No meio deles ninguém deu por um velhote andrajoso que com um sorriso sarcástico se apoiava numa gasta bengala.

Continua....

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Bloguisódeo 30 - Portugal- Ministério da Justiça

 - 9 horas da manhã. Numa mesa oval, no gabinete do ministro da justiça, vários personagens ouvem um apoplético ministro da Defesa.
- Meus senhores, têm noção que estivemos à beira de um grave incidente diplomático? Ou por acaso pensavam que o nosso SEF anda a dormir?.
Era no mínimo curioso, ver alguns dos homens mais poderosos e influentes do mundo, com um ar de rapazinhos apanhados em falta

- Têm noção de que os vossos agentes de campo, obrigaram os nossos agentes a um trabalho insano diz o Ministro das finanças que Tutela a PJ.
Naquela reunião que se queria secreta, estavam presentes o Director da CIA, um avogado formado em Harvard em representação do FBI, o Director do M16, Yael Chefe da Mossad,  o Chefe máximo do CNI Espanhol, um antigo membro do KGB Alexandre Makarov, Chefe da STACI, o Director da EKO-Cobra, o do ISP, mais conhecido por o Grupo com sede no Ulster, Muhhabarat dos serviços de Segurança do Egipto, o Chefe responsável pelo GOE E o Director do Sef, além do nosso conhecido Inspector Amadeu, a quem foi dada a palavra.
- Como todos aqui sabem, o nosso alvo está ligado ao tráfico de armas, de diamantes, roubo de urânio, assassínio, ataques bombistas, e uma infinidade de outros crimes. Pouco se sabe acerca dele, teve treino militar ao serviço do IRA, fala diversas línguas, é capaz de se adaptar às ruelas de Varsóvia, Atenas, Beirute, Roma etc,etc,- e no caso Portugal.
- Sabemos também que é apreciador de arte, de óculos Ray-Ban, e deixa sempre a sua assinatura nas vitimas - Três balas certeiras no rosto.
_ Como todos aqui sabem também, por alguma razão somos considerados uma das melhores policias do mundo. Um dos nossos peritos em criptologia, análise e VPNs , consegui apurar que o alvo em causa, está na posse de um vírus mortal, O PN2-H, uma variante da Polio, o que torna está caça ao homem ainda mais premente.
- Em colaboração com a CIA, conseguimos montar juntamente com o agente infiltrado Adrian Carter um cenário para uma emboscada. Uma exposição de pintura de diversos mestres, Caravagio, Monet, Rafael, Modigliani, Rubens e mais uns poucos (todos falsificados evidentemente), e onde Carter se vai apresentar como MIKAEL. Temos os nossos Goies e diversos agentes a postos, e gostaríamos que caso não colaborem no minímo, não atrapalhem.

Continua......

Canção da insónia

O mundo dos sonhos contamina
O mundo das horas de insónia
É tempo de tirara a máscara
da cor da aguarela que magoa
Um destino? Quando? não sei,
Talvez o saiba no momento errado
quando falsa maquinal acordar
para essa paixão. Única!
Tento limpar a teia
que se aquietou nos meus olhos
Que queres? Que queres tu meu coração?
Não está na minha mão...
No entanto sonho.
No entanto espero.

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Retrato carnal

Mulher
de olhos de fogo
hálito de vulcão
boca fria de tesão
mamilos dourados
nos seios inchados
coxas polidas
molhadas
músculos retesados
gemidos estrangulados
cabelos em desalinho
És tu mulher,
é o teu corpo nú, penetrado, saciado,

És tu Mulher verdadeira
na tua forma carnal
que num momento fugaz
te consome e te torna inteira! 

Negrume

O Amor,
Essa palavra cantada
feita balada
fado sentido
desatino
riso cristalino
lágrima de dor.
Amor,
Sentimento poderoso
Oneroso
Caprichoso
doce
e tão nosso
tão sentido
tão presente
mesmo ausente.
Amor é,
- luz
Não tem de ser dor
nem tão só paixão
E porque me amo
A mim,
larguei -te a mão
A ti,
- Tu que não brilhas.


«Andei a limpar a gaveta e este é para ti Vintenso,  acho que vais entender»

Canção da Bandida

Eu sou bandida
Sou danada
Sou nua sou agreste
Sou uma autêntica peste.
Sou teu espinho enterrado
Tua unha encravada
Sou espinha atravessada
Tua ferida que coça
Teu dente que dói
Teu calo que mói.
Sou zumbido irritante
Tua dúvida constante
Tua sombra calada
Tua mesa virada
Não!
Não importa que queiras
Não importa que negues
Não te livras de mim...
Eu sou bandida
Nua crua agreste
O meu nome é VERDADE
E este jogo amor,
Eu já ganhei....

Anti-História


Começou como todas as histórias
Era uma vez....
Mas não acabou
Com foram felizes para
sempre!
Teve um princípe
Uma princesa
Até um beijo
Não teve foi o tocar
da meia noite.
O sapo continuou sapo
o beijo virou abóbora
a varinha de condão
não funcionou....
A princesa essa acordou
de um feitiço medonho!
Foi o beijo da verdade
que baixinho lhe soprou
Nunca houve Era uma vez....




Nunca se ama como nas histórias!


Olhar de Cristal

A noite desce sem um estremecer de folhagem,
há magia na solenidade que dilui o arvoredo,
tudo pára num recolhimento melancólico,
vagueia um suspiro que morde o coração.
Quero nascer renovada!
sentir-me iridescente e musical,
subir sobre as alturas das nuvens
e vesti-las em mim.


Oiço-te...


Oiço-te no inverno agasalhado do meu coração
príncipe da melodia.
Por quantos olhos de cristal
me reflicto em ti.
Porque me tomas tanto tempo,
possuindo todos os meus sonhos.

Vem,


embalado num sussurro dos silêncios por cumprir
vem morrer dentro de mim,
efémero sonho,
constante nos distantes céus do meu silêncio,
quero olhar-te intensamente
cantar-te canções,
filhas e só de mim.
E aí poderei dizer
que toda eu entrevi os meus sonhos.



segunda-feira, 13 de junho de 2011

Bloguisódeo 28 - Roma

Giulia, Carino Mio!
Anda, vamos caminhar, tenho algo de importante para te contar.
- Primeiro diz-me Zio ou deverei dizer Eminência! - Como está a minha Nona?
A tua Nona está bem, aliás foi por insistência dela que te convoquei aqui.
Giulia, o que te vou contar é perigoso, arriscado e trata-se ainda de informação confidencial.
Vou pôr-te ao corrente porque, corres perigo e não! - Não me interrompas querida, corres um perigo real e a tua Nona e todos nós estamos preocupados.
Já falei com o teu chefe, como sabes Yael e eu somos velhos amigos.
Bem Giulia, vou tentar ser breve.
Mikael Jonasson, foi criado como filho de um casal Sueco que o adoptou mas, na realidade Mikael é inglês e tem um irmão gémeo. Nunca o soube, na realidade nem nunca soube que foi adoptado.
Esse irmão Paddy, foi por sua vez entregue a um casal Irlandês, criado por um homem que dizem, foi um dos chefes do IRA. Paddy O'Leary é conhecido de muito poucos. Assassino cruel e astuto, procurado pelas policias de todo o mundo, consegui sempre andar um passo à frente. Quando teve de fugir da Irlanda, roubou a identidade do irmão e como Mikael Jonasson, movimentou-se à vontade por toda a Europa. Até que quase foi apanhado por um ex agente da Cia. Jonh foi posteriormente foi afastado do caso porque Paddy ou Mikael, em retaliação assassinou-lhe a irmã mais nova e o assunto passou a ser pessoal.Como tal demitiu-se e jurou apanhar "Mikael", na verdade Paddy.
Paddy, tendo feito já um estudo exaustivo da vida do irmão, foi esconder-se em casa dele e foi aí que o mundo do verdadeiro Mikael caiu.
Sequestrou-o e passou a viver a vida do irmão, tanto que em Gibraltar nem tu deste pela troca!
Enquanto ele se apropriava da vida do verdadeiro Mikael, uma tal de Camille sua alegada companheira, mantinha o teu namorado preso e incapacitado em casa.
Ao fugires de Gibraltar sem uma explicação, Paddy pensou que o tinhas descoberto e desapareceu sob uma nova identidade deixando a Camille para trás.
Tu, sem o saberes acabas-te por despoletar tudo minha querida.
Quando voltaste e contaste ao Yael as tuas suspeitas, já a tua Nona, que embora não imaginasses, nunca te perdeu de vista, tinha mexido vários cordelinhos.
O Yael e isso não lho desculpo, embora compreenda que como agente treinada da Mossard tenhas as tuas obrigações, propôs usar-te como isco e sabe que desde aí, a família Siciliana ligada à tua Nona te protege dia e noite.
A tua Nona está convencida que o Paddy anda atrás de ti Giulia!
Mas há mais minha querida, e Deus sabe que o Vaticano não precisa de mais escândalos...
O Paddy, consegui apropriar-se de vários ficheiros ligados às pesquisas do Mikael.Um deles dizia respeito a um paciente que não conseguia ultrapassar o trauma de ter sido repetidamente abusado por um padre.
Ouviste falar no suicídio do Bispo Carl Goran?
Eu fui o primeiro a ler a carta que ele deixou. Confessava esse crime hediondo e dava parte também da chantagem exercida por um cientista de nome "Mikael" que o tinha obrigado a desviar vários quadros de valor incalculável de dentro da própria Basílica.
- Meu Deus Zio!!!
- Mas como souberam tudo isso do Paddy?
Como te disse a Camille ficou para trás, não se sabe se de propósito ou não, deixou fugir o verdadeiro Mikael que contactou a policia e depois a Interpol e, com bastante esforço consegui provar a sua história.
- Zio, onde está agora o verdadeiro Mikael??
Na Vila da tua Nona....

Continua

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Bloguisódeo 24 - Leça

Ao mesmo tempo que Mattias metia Pedro no carro, numa loja do chinês em Leça, é recebido um envelope.
Jing Hu, entra num compartimento secreto da arrecadação, abre o envelope e deixa que o seu conteúdo lhe caia no colo. Vira-se para o computador e insere o disco na drive. Um rápido exame do conteúdo revelou um único ficheiro com o nome»206853.jpg». Clicou no ícone do ficheiro e visionou-o no ecrán. Uma imagem etérea a preto e branco, uma radiografia. Puxou o teclado para si e instalou um pequeno programa. Percorreu cada instrução na sua mente certificando-se que a lógica estava correcta. Cada pixel da imagem no écran ocupava um único byte no ficheiro. O seu pequeno mas potente programa extrairia os dois bites menos importantes de cada byte convertendo-os no seu equivalente ASCII, para depois apresentar as letras resultantes no écran. Rapidamente compilou e executou o programa. Uma nova janela abriu-se no monitor e apareceu a mensagem de texto.
- Mikael em Portugal- Prioridade máxima capturá-lo vivo. John.

Bem perto dali, numa rua secundária de Leça, um Ferrari estacionou na berma.
Camille, saiu e deixou-se ficar encostada com as longas pernas envoltas nuns diminutos calções. Mattias que não resistiu nunca a uma mulher bonita, era o seu calcanhar de Aquiles- quase por reflexo pára o carro e pergunta, posso ajudar?
Camille de isqueiro na mão diz num português arrastado, preciso de lume. Imediatamente Mattias saca do seu que soltou uma longa chama azul e amarela. Manteve-o acesso e deixou que a mulher se servisse dele. Ao encostar o cigarro à chama, os dedos dela acariciaram-lhe suavemente as costas da mão. Foi um gesto deliberado e intimo que lhe enviou uma descarga eléctrica pelo braço acima. O efeito foi tão poderoso que Mattias nem se apercebeu que ela tinha encostado o próprio isqueiro à cara dele. Foi então que carregou na patilha e uma nuvem de uma substância química com um cheiro doce lhe encheu os pulmões.
Camille agarra em Pedro e arrasta-o para a sua bagageira depois de enviar o Carro de Mattias numa mata ali perto. Arrancou e a cantarolar dirigiu-se para uma casa à beira da praia.

Pedro, pestanejou e lentamente começou a voltar a si. Sentiu-se como se estivesse a sair das profundezas do Douro. Foi subindo por entre camadas de consciência e bolsas de agúa e frio até a sua consciência romper a superfície. Deu por si numa cave húmida de paredes nuas e ásperas. A dor latejante na cabeça era uma sensação completamente nova, algo entre um traumatismo e uma valente ressaca. A boca parecia cheia de areia e tinha uma sede imensa. Só tinha as cuecas vestidas, os tornozelos e os pulsos estavam amarrados com fita adesiva e as costas nuas apoiadas na parede. Tinham-no deixado ficar com o relógio mas o vidro estava partido e já não dava horas. Estudou a luz que vinha da janela minúscula e calculou que devia ser altura do pôr do sol. Cheirava-lhe a maresia mas também a algo mais, perfume de mulher...
Olhou para baixo, para a pele que lhe cobria a caixa torácica e viu quatro vergões vermelhos. As cuecas tinham nódoas e sentiu uma viscosidade extrema nas virilhas.
Que lhe teriam feito?
Ouviu passos, a porta abre-se e entra uma mulher deslumbrante.
- Quem és tu pergunta ele?
- Camille meu lindo, especialmente para os amigos, responde ela com a morte no olhar.
- Que me fizeste?
- Umas coisitas só...Sempre tive vontade de violar uma bixona.
- Pedro enterrou a cara no chão e vomitou.
- Descansa Pedro, fi-lo com a glock, agora se não me disseres o que quero volto a fazê-lo, mas enfio-te a Kalashnikova pelo cú acima.
- Onde está o Mikael?

Continua........

terça-feira, 7 de junho de 2011

Bloguisódios

Escort X é mais um capítulo da saga do Gang escrito pelo meu amigo Rolando Palma do ENTRE MARES.

As minhas sinceras desculpas Rolando, porque só hoje fui ao email, e só hoje dei com o teu valioso contributo.Foi um prazer ver que o Mestre se juntou a nós.

Um muito muito obrigado a ti e a todos os que se divertem por aqui!

E a Saga continua claro!!

Bloguisódeo 22 - Escort X

Escort X. É este o nome…

O inspector Amadeu levou a mão à testa, ajeitou os óculos, passou os dedos pelo cabelo ralo; tudo sinais familiares para quem convivesse de perto com este policia da velha geração… e com um único significado – o inspector estava preocupado, seriamente preocupado.

- E você… você tem mesmo a certeza? Absoluta?
O chefe de gabinete queria ter a certeza absoluta.
- Inspector, veja… a Interpol afirma que sim, a Scottland Yard afirma que sim, até os nossos amigos espanhóis do CNI, que nunca dizem nada… até esses estão de acordo…
- Oh Francisco, desculpe lá… - e o inspector remexeu a pilha de papéis sobre a secretária, à procura de algo em especial – mas esta história está muito… mas mesmo muito estranha…
Francisco Paulino, sub-chefe da delegação da policia judiciária, acenou que sim, mas insistia:
- É verdade, inspector, é verdade… mas olhe… segundo os ingleses, este Mancini, o dono da agência… é já bem conhecido lá fora… até já chegou a ser acusado em Itália, nada que se pudesse provar, claro… e este Mathias, apesar de ser peixe miúdo, também aparece muito nos relatórios… olhe, nem sei o que lhe diga…
O inspector agarrara uma fotografia e observava-a em detalhe; uma mulher de rosto latino, extremamente bela, o cabelo apanhado para trás e um olhar incisivo, penetrante.
O sub-chefe Paulino já antevia a pergunta seguinte.
- E esta… Júlia… - sibilou o inspector – o que tem esta Júlia a ver com todo este assunto?
O sub-chefe Paulio também tinha as suas reticências naquele ponto.
- Não sabemos, inspector… Registámos este primeiro contacto com a agência de acompanhantes… pode ser mera coincidência, pode não saber de nada, estar simplesmente na hora errada e no lugar errado, ou…
- … ou ser ela o elo de ligação entre Mathias e os colegas africanos, é isso? Ela alguma vez se interessou por diamantes? Tem algum passado, temos alguma referência dela, sem ser esta ligação recente?
- Nada, inspector, absolutamente nada…

Estranho, muito estranho.
Por mais voltas que desse, tudo voltava ao ponto de partida; um puzzle, muitas peças, nenhum fio condutor. Ou melhor… um pequeno e escorregadio fio condutor, o contrabando de diamantes angolanos para a Europa, através de um estratagema tão simples… que iludira durante anos os serviços de inteligência. Agências de acompanhantes.

- Qual foi o ultimo caso reportado, Francisco?
O sub-chefe Paulino abriu um pesado dossier, folheou meia dúzia de páginas.
- Fevereiro, inspector… uma acompanhante da mesma agência… Escort X, uma mulher, acompanhou um deputado espanhol numa visita a Angola… O CNI está seguindo o caso, fomos informados nessa altura…
- Então… e esse Mathias… esta Júlia… esse tal de Pedro, que também aqui aparece no relatório… estão todos a ser seguidos?
- Permanentemente, inspector…
- Muito bem… somos nós a dar o próximo passo, é isso? Onde está esta Júlia, neste preciso momento?
O sub-chefe sorriu.
- No teatro, inspector… Júlia, Mathias, Pedro… todos no teatro…
-Foi a vez do inspector se deixar rir, bem disposto.
- Óptimo, óptimo… então, meu caro Francisco… está na altura de nós entrarmos na peça…
O sub-chefe Paulino ficou parado, à espera da ordem seguinte. E como esta não surgisse:
- O inspector quer ir ao teatro?
- Ao teatro? Não, homem, não quero ir ao teatro… pegue em alguém e faça uma visita discreta à casa dessa tal de Júlia… quero saber tudo o que ela guarda no computador, na gaveta da roupa, no frigorífico, na garagem, quero saber tudo. Tudo, ouviu?

O sub-chefe concordou com um abanar de ombros, esperando ainda algo mais.
Que não havia.

- Oh, homem… mexa-se, mexa-se… despache-se…

Continua........



 
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