quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Bloguisódio 41 - Upgrade


Continuação D'aqui


O Inspector Amadeu acordou, olhou para o relógio e viu que eram apenas cinco da manhã. Sabia que se tinha deitado à pouco mais de duas horas por isso voltou a fechar os olhos. Quinze minutos mais tarde caiu num sono leve, durante o qual  surgiram e desapareceram sonhos vagos e perturbadores que por fim se desvaneceram quando acordou pelas seis e meia. Levantou-se meio ensonado e com uma forte dor de cabeça e resolveu que um passeio pela Foz lhe faria bem.
Tomou um duche, vestiu umas calças de ganga e uma camisola e bebeu um copo de sumo e um café antes de sair.
O amanhecer naquele dia estava magnifico. O sol brilhava à medida que se elevava no firmamento, embora do mar soprasse uma brisa fresca. Ouvia-se também o glorioso som das ondas a desfazerem-se e o ar estava impregnado do cheiro a sal e vida marinha.
Acendeu um cigarro e perdeu-se em cogitações.
- Enterrado vivo! Que fim mais tenebroso! Não que o tal de Mac Doc não o merecesse mas agora tinham voltado a perder a pista ao Mikael. Só Jonh Forrester concordava com ele mas no seu intimo ele sabia que a tal ruiva de olhos azuis que por momentos apareceu nos monitores era na verdade Mikael, um mestre do disfarce sem dúvida,  além de um monstro desprovido de humanidade.  E que mensagem queria ele deixar com aquela história dos sinos?
Recordou por momentos aquele velho ditado Irlandês " Deve andar alguém a passear na minha campa", arrepiou-se todo e deitou fora a beata.

Em Itália, na Villa Monterrosa, Dona Francesca tinha mandado servir um chá na esperança de poder acalmar D. Luigi.
-Francesca,  Francesca, lamentava-se ele, já viste como o passado nos alcança sempre?
Perante o silêncio da sua irmã mais velha suspirou e recuou no tempo.
-Lembrava-se como se fosse hoje!
O céu sobre Newport, em Rhode Island estava azul claro e enevoado pelo calor da tarde. A agua estava totalmente calma e a ponte encontrava-se perfeitamente espelhada nas águas. Era ali na Marina que ele se permitia ter saudades de casa.
Encontrava-se ali por sugestão da sua irmã Francesca que não aceitava de bom grado a sua opção de enveredar pelo sacerdócio. Entre os dois tinham feito um acordo se, no fim daquele ano quase sabático, a sua vocação se mantivesse ela nunca mais o questionaria e embora não fosse esse o destino que tinha sonhado para o irmão,  respeitaria a sua opção de vida.
E foi lá, na marina que ele conheceu Josephine Donnelly, uma bonita e esbelta inglesa de 19 anos.
Cabelos castanhos  curtos e ondulados, vestia na altura umas calças largas e uma blusa solta e era dona de uns maravilhosos e expressivos olhos acinzentados, lindos e inconfundíveis, os olhos de Mikael....
- Foi tão duro deixá-la para trás....
- Francesca, Francesca! Desde que recebi aquela carta da Irlanda que não tenho paz.
-Eu tenho de saber se eles são mesmo  meus filhos Francesca entendes?

Continua...

2 comentários:

  1. Este episódio está delicioso!
    Voltou-me a acontecer aquela sensação de não querer parar de ler, tão "embaladinha" que eu já ia...

    Ataste mais uma ponta que eu estava à espera, a desconfiança de que os gémeos sejam filhos de D.Luigi... primos em 2º grau de Giulia...

    Isto é que vai aqui uma açorda... hehehe

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  2. É um bom indicador essa sensação!!!

    Bom o que é certo é que tirando aquele primeiro episódio nunca mais escreveste nada para o Bloguisódio! Como é pá??

    Agora não podes alegar que andas ocupada:)
    Tenho mais um selo quase pronto para distribuir...Bora lá escreve qualquer coisa eu sei que és capaz!!!

    Bjocas

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